Listados seis pontos conflitantes de diferentes perfis que recebem o benefício no País. Veja quais são:
EX-PARLAMENTARES
A União gasta todo ano R$ 164 milhões para pagar 1.170 aposentadorias e pensões para ex-deputados federais, ex-senadores e dependentes de ex-congressistas, segundo levantamento feito pelo Estado. O valor equivale ao que é despendido para bancar a aposentadoria de 6.780 pessoas com o benefício médio do INSS, de R$ 1.862. Todo reajuste dos salários de deputados e senadores é repassado para as aposentadorias. Com a morte do parlamentar, a viúva ou os filhos (até os 21 anos) passam a receber a pensão.
SERVIDORES PÚBLICOS
Em 2003, uma emenda extinguiu o regime de integralidade e paridade para as pessoas que entraram no serviço público. Com isso, os novos servidores não têm mais o direito de se aposentar recebendo a totalidade dos seus vencimentos de acordo com o último salário. Essa medida foi tomada devido a um grande déficit ocasionado pelo pagamento de proventos ao funcionalismo.
VETERANOS DE GUERRA
Os benefícios mais altos da previdência são pagos aos ex-combatentes de guerra. Cerca de 9 mil pessoas recebem acima do teto. O maior salário é R$ 75.443. Corresponde a cerca de 80 salários mínimos. O valor fica muito acima do teto do funcionalismo, que é cerca de R$ 33 mil. Na foto, o Major Samuel Silva, ex-combatente do Brasil na 2ª Guerra Mundial.
MILITARES
Regras permitem que militares se aposentem com salário integral apos 30 anos de serviços prestados. Se um jovem entra na carreira militar aos 18 anos, ele se aposenta aos 48. Especialistas afirmam que esse poderia ser o auge da carreira, já que ele tem experiência, e geralmente são pessoas com hábitos saudáveis.
CASAMENTO DE CONVENIÊNCIA
O chamado “casamento de conveniência” – quando o cuidador de um idoso(a) se casava com ele para receber, após sua morte, os benefícios da pensão – mudou a partir de uma alteração na regra na qual se passou a exigir um período de, no mínimo, dois anos de casado ou de união estável. Além disso, a regra estabeleceu novas condições de acesso ao viúvo(a), no sentido de desestimular essas uniões apenas para se obter a previdência: quanto mais jovem for o(a) cônjuge, menor será o período em que ele(a) terá direito a usufruir do benefício.
PARENTES DE MILITARES
Em 2015, havia 185 mil filhos de militares que recebiam pensões vitalícias em todo o País. Esse benefício equivale a R$ 3,8 bilhões anuais, o que representa cerca de 28% do total dos gastos com pensionistas. Só no Estado de São Paulo, são cerca de 10.700 mil pensionistas vitalícios, o que representa um gasto de R$ 368 milhões por ano.
Fonte: Estadão