A TotalEnergies apresentou mais quatro pedidos de licenciamento de parques eólicos offshore na costa brasileira. Juntos, os projetos no Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Piauí, somam 12,1 GW em capacidade instalada.
A petroleira já possuía outros 9 GW em três projetos de eólicas offshore em licenciamento. Em setembro, assinou um acordo com Petrobras e Casa dos Ventos para estudar projetos renováveis, incluindo eólicas offshore.
Além da TotalEnergies, a Fiabe Participações também entrou com um pedido de 2,8 GW em um projeto no Espírito Santo.
Segundo a última atualização do Ibama, são 96 pedidos que somam 234,2 GW, o que representa um aumento de 15 GW em projetos desde a última versão do documento, de setembro de 2023, quando havia 219,2 GW em licenciamento, com o anúncio da Petrobras de entrada no setor.
Naquele momento, a Petrobras entrou com pedido de 23 GW em projetos eólicos offshore. A companhia planeja investir US$ 5,2 bilhões em eólica e solar até 2028.
Contraste com mercado internacional
O movimento revela um interesse das companhias no segmento no Brasil, apesar da crise que afeta diversos projetos de eólicas offshore pelo mundo, e a falta de regulamentação do setor no Brasil.
A Equinor e a bp anunciaram, no início do ano, cancelamento de um projeto de 1,2 GW, na costa de Nova York.
Entre os motivos para a decisão, as companhias justificaram as condições comerciais impulsionadas pela inflação, taxas de juros e interrupções na cadeia de suprimentos.
Marco legal no Senado
Por aqui, o mercado aguarda o marco legal das eólicas offshore, aprovado na Câmara (PL 11247/2018) no final de novembro, com vários acréscimos em relação ao tema original, e que agora aguarda a decisão do Senado.
O PL trata de uma série de outros assuntos como o preço do gás natural e a recontratação de usinas a carvão até 2050, com menor consenso.