Durante o mês de agosto, o mundo todo estará com os olhos voltados para o Brasil. Os jogos olímpicos no Rio de Janeiro receberão mais de 10,5 mil atletas de 206 países, que disputarão medalhas em 28 esportes, que acontecerão em 37 locais distintos. Estima-se, também, que 4,8 bilhões de espectadores no mundo todo assistirão as competições. Para tornar tudo isso possível, a tecnologia tem um papel essencial.
Só para se ter uma ideia da quantidade de dados, há quatro anos, os jogos de Londres atingiram a impressionante marca de geração de 60GB de informações por segundo. E o equivalente a 2 mil horas de cobertura ao vivo foi transmitida digitalmente para mais de 14,4 mil emissoras de TV em todo o mundo. Neste ano, durante a Rio 2016, as empresas do Grupo América Móvil (Embratel, Claro e Net) estimam que o tráfego de dados e de internet pode chegar a superar em 4 vezes todo o tráfego dos Jogos da capital inglesa. As empresas são responsáveis por toda a infraestrutura de rede que servirá aos locais de prova, à Vila Olímpica e ao centro de transmissão (IBC), de onde sairão imagens para aproximadamente 5 bilhões de telespectadores de 200 países.
Para os sistemas que transmitem os resultados ao mundo inteiro em menos de um segundo, para uso na televisão, na Internet e em múltiplos aparelhos, foi criado inicialmente um portal que possibilita o recrutamento e treinamento de 70 mil voluntários e a solução que processa 400 mil credenciais para que os envolvidos nos Jogos possam ter acesso às áreas necessárias durante os Jogos.
A base de telecomunicações do Rio 2016 será o Backbone Olímpico Embratel, uma rede com mais de 370 quilômetros de fibras ópticas, triplamente redundante, para garantir a alta disponibilidade na transmissão de dados dos jogos. A rede olímpica terá velocidade de 40 Gigabits por segundo, conectando mais de 60 mil pontos de acesso à rede, distribuídos em mais de 100 locais relacionados ao evento, de competição ou apoio. Parte de toda essa rede só será retirada daqueles locais construídos temporariamente para os jogos. Em boa parte das instalações olímpicas, permanecerá.
A Embratel divulgou que fornecerá a rede de fibra óptica que captará os sinais de vídeo de todas as competições esportivas, nos distintos locais onde se realizam, entregando-os ao centro de transmissão IBC – International Broadcast Centre – de onde sairão imagens para aproximadamente 5 bilhões de telespectadores de 200 países. Serão mais de 7 mil horas de transmissão geradas pela Olympic Broadcasting Services, para atender todas as emissoras detentoras de direitos ao redor do mundo.
Já a Cisco é quem fornecerá infraestrutura de rede e servidores para as Olimpíadas. A empresa descarregou mais de 60 toneladas de equipamentos para montar um ambiente nos 37 locais de provas e 183 pontos onde não haverá competição (centro de mídia, Vila Olímpica, etc). Ao todo, serão mais de 100 mil portas de redes, 5 mil pontos de acessos e 150 firewalls nos mais de 400 Cisco UCS Servers.
Dados cruciais como os resultados das competições, fotos e vídeos dos eventos, informações dos atletas e de suas nações, registros das instalações, entre outros, serão armazenados e protegidos por meio das tecnologias EMC: Avamar, VNX e RecoverPoint. O espaço poupado pelo uso das soluções EMC para armazenamento dos dados é o suficiente para dois milhões de fotografias adicionais, por exemplo. Para o evento, será destinado espaço de armazenamento para mais de 55 terabytes de dados, o equivalente a 720 mil fotos ou 4 mil minutos de filmagem.
Nuvem
O conceito de cloud chegou às Olimpíadas. O portal do evento rodará na plataforma em nuvem Azure integrada à tecnologia desenvolvida e gerenciada pela Atos, parceira mundial de TI dos Jogos Olímpicos, atualiza o site com informações em tempo real. O website exibe a partir de hoje os resultados de mais de 300 provas das 42 disciplinas esportivas disputadas nos 17 dias do evento, além de calendário, regras estabelecidas pelas Federações, dados sobre os mais de 10 mil atletas e equipes, ranking de medalhas, desempenho por país e muito mais.
Saúde
Também foi criado, a pedido do COI, um software de gestão da saúde para toda a estrutura oficial de atendimento médico das Olimpíadas de 2016, no Brasil, incluindo a Policlínica, e que atenderá atletas de todos os lugares do mundo.
A tecnologia, chamada Centricity Practice Solution, foi desenvolvida inicialmente para o United States Olympic Committee (USOC), que a tem utilizado com muito sucesso desde os Jogos Olímpicos Londres 2012.
A ferramenta, que realiza o registro eletrônico de todas as interações médicas dos atletas, contará com uma versão totalmente em português, atendendo às leis de saúde brasileiras, além de possuir os conteúdos e aplicações em inglês.