A produção de energia solar fotovoltaica ainda está em estágio inicial no Brasil, se comparado a outros países, disse a representante da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Ludmila Lima da Silva. Ela esteve presente em audiência pública promovida pela Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (5).
A superintendente adjunta de Concessões e Autorizações de Geração da Aneel afirmou que o Brasil ainda precisa de mais investimentos na área e que há muito que evoluir.
“A energia fotovoltaica representa apenas 0,02% em relação à matriz energética nacional. É um percentual muito inferior às energias hidrelétricas e termelétricas”, ressaltou Ludmila
Energia limpa
A energia fotovoltaica é a energia elétrica produzida a partir de luz solar. Quanto maior for a radiação do sol, maior será a quantidade de eletricidade produzida. No entanto, ela pode ser gerada mesmo em dias nublados ou chuvosos.
Ludmila Lima da Silva ressaltou que essa é uma fonte de energia limpa e que pode ser instalada em qualquer lugar, mas que ainda há poucos projetos de expansão do setor.
Entrave
O gerente do Departamento de Geração Solar da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), José Bione de Melo Filho, ressaltou que um dos entraves para a expansão da geração de energia fotovoltaica é que há o mito de que, em lugares onde há menos radiação solar, esse tipo de distribuição de energia não é efetivo.
“É por isso que, no Brasil, os locais onde há mais linhas de transmissão de energia solar fotovoltaica são nos estados do Nordeste, sobretudo o estado da Bahia”, explicou. No entanto, ele assegurou que projetos de expansão podem ter êxito também em locais mais chuvosos.
“É preciso lembrar que esse é o tipo de energia que mais cresce no mundo, pois estão entendendo que é uma fonte de energia sustentável de fácil instalação”, destacou Bione de Melo.
Futuro
O representante do Ministério de Minas e Energia, Carlos Alexandre Príncipe Pires, assegurou que há previsão de expansão de linhas de transmissão de energia fotovoltaica. Ele disse que, em curto prazo, esse tipo de geração de energia será mais desenvolvido no País.
“Num futuro próximo, em até 2026, estimamos que, no Plano Decenal de Energia, haja uma introdução razoável da energia solar fotovoltaica. A meta é que ela tenha uma ordem de grandeza semelhante à de energia eólica”, afirmou. “A previsão é que a energia eólica atinja 12% da geração de energia e a solar fotovoltaica represente 7%”, concluiu.
Fonte: Agência Câmara