Na noite dessa quarta-feira, 27 de fevereiro, visitantes e moradores de Florianópolis foram obrigados a presenciar mais uma consternadora demonstração de inoperância do poder público, tudo porque um caminhão estragou na subida do morro do Itacorubi no final da tarde.
O que poderia ter sido administrado com agilidade estendeu-se por longas horas, trancando milhares de pessoas no trânsito congestionado sob a vista inerte de policiais militares, que sequer adotaram uma atitude óbvia: orientar quem vinha de outras regiões para uma rota alternativa, via bairro João Paulo.
Tudo isso porque faltou algo básico: comunicação. Essa mesma comunicação largamente utilizada quando o prefeito inaugura obras, mas que estranhamente desaparece na hora dos problemas, momento no qual o cidadão jura que não reelege mais qualquer político.
A verdade é indiscutível: parece que a SC 401 não faz parte do município. Não adianta falar em mobilidade urbana quando os seus maiores algozes são justamente uma presumível falta de inteligência da Polícia Militar, da prefeitura e do Deinfra.
Somente quando começarem a se comunica, sendo ágeis e proativos na solução dos inevitáveis problemas decorrentes de acidentes e até mesmo de veículos sem combustível – que continuarão o ocorrer – é que os transtornos para a população desrespeitada começarão a ser minimizados.
Se o guincho vinha de Palhoça, dos Ingleses, do Centro ou do Mato Grosso, em nada altera o fato de que pessoas ficaram presas na estrada durante horas porque faltou um único ser iluminado para colocar ordem no caos. A culpa não é só do guincho. É de quem deveria parar de fechar os olhos e trabalhar por uma cidade menos difícil transitar. Basta querer.
José Carlos Ferreira Rauen – Presidente do Senge-SC