Abaixo, listamos algumas dicas de proteção, classificadas por complexidade. O nível básico, por exemplo, é mais simples de realizar, mas também consegue ser contornado mais facilmente por bandidos. Já o nível avançado dá mais trabalho para executar, mas oferece barreiras maiores.
Independentemente do nível de dicas que você adotar, é sempre bom ter em mente que não existe solução mágica contra crimes digitais. O importante é ter atenção máxima e exigir de autoridades e instituições investimento no combate a fraudes no ambiente online.
Nível básico de segurança
1) Use senhas alfanuméricas (incluindo símbolos e combinando letras minúsculas e maiúsculas) diferentes para cada cadastro, como em redes sociais e e-mail;
2) Use sequências numéricas aleatórias em instituições financeiras, como senhas de cartões ou credenciais em aplicativos bancários (nada de datas comemorativas ou números sequenciais óbvios);
4) Coloque senha no chip (SIM) da operadora, o que irá impedir que ladrões insiram o cartão em outro aparelho e tenha acesso ao seu número;
5) Desconfie sempre: não clique em links duvidosos ou dê informações pessoais, mesmo que o pedido parta de um contato conhecido – esses podem ser casos de “phishing”, quando o criminoso tenta extrair informações de você;
6) Ative todas as biometrias do seu aparelho, como leitores de digitais e de rosto, que ajudam a criar uma camada a mais de segurança.
Nível intermediário de segurança
1) Tenha senhas aleatórias, complexas e impossíveis de decorar: use apps específicos (1Password, Last Password) ou ferramentas nativas de navegadores (Google Chrome e Safari), que criam senhas completas e as colocam em um “cofre” na nuvem;
2) Ative senhas de uso único como outra etapa de verificação. Essas senhas são números aleatórios que funcionam como um segundo código para fortalecer a conta. Elas são criadas por apps próprios (Google Authenticator, Microsoft Authenticator, Authy, 1Password). Redes sociais, e-mails e outras plataformas permitem ativar o recurso;
3) Entre em contato com a sua instituição financeira e diminua limites diários de transferência (DOC, TED e Pix), saques e empréstimo pré-aprovado; em alguns casos, essas funções podem ser alteradas via aplicativo;
4) Considere incluir um contato de confiança em sua família iCloud (Apple), permitindo que familiares possam apagar o dispositivo à distância rapidamente em caso de roubo — Android (Google) não tem o recurso.
Nível avançado de segurança
1) Comprar uma chave de segurança física para recuperação de senha e logins, como Titan (do Google), Yubico e OnlyKey — os preços, no entanto, podem ser salgados, ultrapassando a faixa dos R$ 800. Esses objetos são pequenos e podem ser guardados em chaveiros, por exemplo;
2) Gere e imprima códigos de backup alternativos, que são uma série de senhas criadas automaticamente pelo próprio cadastro dos serviços. Esses códigos devem ser guardados em casa em local seguro, de modo que o acesso seja facilitado para recuperar as contas como última tentativa quando todos os outros métodos de proteção e recuperação de conta falham. Google, Facebook e Microsoft possuem esse recurso e ensinam a fazer o passo a passo;
3) Caso tenha adotado um app do tipo gerador de senhas (Google Autenticathor, Microsoft Autenticator, Last Password, 1Password), apague todas as senhas salvas dos navegadores (como Google Chrome e Safari) para evitar brechas. Aqui, a ideia é concentrar todas as suas senhas em um lugar mais seguro;
4) Crie um “e-mail secreto” a que só você tem acesso: essa conta não pode estar salva em nenhum dispositivo do cotidiano, deve ter senhas fortes e autenticação em dois fatores ativada. Será por esse e-mail que você fará recuperação das contas mais importantes, como Google, Apple e Facebook;
5) Deixe um dispositivo em casa (como um tablet ou celular velho) para ser o local por onde você acessa seu e–mail “secreto”, apps próprios de senhas ou até de instituições financeiras que são menos utilizadas, por exemplo.
Fonte: Estadão