Em estímulo a pesquisas que apoiem tomadores de decisão, o programa receberá propostas s até 12 de novembro de 2024, por meio do Sistema de Informação e Gestão de Projetos
RS inundada A capacidade de contribuição da academia para o entendimento das causas, riscos e impactos dos eventos climáticos, motivou a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs) lançou o edital do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Voltado a Desastres Climáticos, com investimento de R$ 30 milhões.
O objetivo deste edital é apoiar projetos que gerem resultados que permitam tomadas de decisão baseadas em evidências científicas e que auxiliem na elaboração e aperfeiçoamento de políticas públicas de enfrentamento aos desastres climáticos. Com base no conhecimento científico, visa trazer o entendimento das origens e consequências sociais, ambientais e econômicas de desastres hidroclimáticos.
O Conselho Técnico Administrativo (CTA) da Fapergs concebeu este edital ouvindo lideranças científicas de diferentes áreas. Além disso, buscou trocar experiências com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), que criou programas de fomento à pesquisa e inovação para prevenção e restauração após os desastres ocorridos pelo rompimento das barragens em Mariana em 2015 e em Brumadinho em 2019. Também foram estudados casos internacionais, como as iniciativas de fomento à pesquisa científica em resposta ao furacão Katrina, que destruiu a cidade americana de Nova Orleans, terremotos no Japão e o tsunami que atingiu o sudeste asiático.
O diretor presidente da Fapergs, Odir Dellagostin destacou a importância da iniciativa. “Este edital emergencial é uma ação concreta para apoiar pesquisas que possam gerar soluções rápidas e eficazes, em resposta à situação enfrentada pelo nosso Estado. A missão da Fapergs é fomentar a ciência e a inovação com impacto direto na sociedade, e esse tipo de iniciativa reforça o papel estratégico da pesquisa científica na resolução de problemas emergenciais. Contamos com a participação ativa da comunidade científica para juntos enfrentarmos esses desafios”, mencionou Odir.
Projetos
Com uma abordagem multidisciplinar, os projetos de pesquisa terão um prazo de execução de 36 meses e poderão contemplar várias linhas temáticas como: aspectos de engenharia, arquitetura e infraestrutura; comunidades em situação de vulnerabilidade social e econômica; difusão e adoção de medidas de resiliência e resposta a desastres climáticos, entre outras.
O investimento global de R$ 30 milhões é proveniente do orçamento da Fapergs, que teve suplementação orçamentária específica para esse fim, concedida pelo governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict). O financiamento dos projetos será em duas faixas: A, até R$ 1,5 milhões e B, até R$ 300 mil. Na faixa A, deverão ser encaminhadas propostas envolvendo redes interinstitucionais e interdisciplinares de pesquisa. Na faixa B, poderão ser apresentadas propostas de grupos individuais ou colaborações em rede, de pesquisa fundamental ou aplicada, puramente acadêmicas ou envolvendo parcerias com outros setores.
As propostas deverão ser submetidas até 12 de novembro de 2024, por meio do SigFapergs (Sistema de Informação e Gestão de Projetos), disponível no endereço eletrônico https://sig.fapergs.rs.gov.br Informações poderão ser obtidas no site da Fundação www.fapergs.rs.gov.br, e através do e-mail ‘dec@fapergs.rs.gov.br‘