Na manhã desta quarta-feira (22/9), a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) deu início ao seu XI Congresso Nacional (Conse), que, devido à pandemia, acontece pela primeira vez de forma online, com transmissão ao vivo pelo Youtube – Veja a programação completa clicando aqui.
O estado anfitrião do XI Conse foi São Paulo e reuniu, à abertura, autoridades e lideranças, além dos representantes dos 18 sindicatos filiados à FNE, que saudaram a iniciativa e reforçaram, sobretudo, a necessidade do País retomar o desenvolvimento, com atuação concomitante dos entes públicos, privados e da engenharia.
“Nesse momento tão difícil que passamos com a pandemia, de crise de saúde, econômica […] pensamos num congresso em que possamos discutir questões que ajudem a todos, toda área tecnológica […] temas de real importância para todos nós”, afirmou o presidente da FNE e do SEESP, Murilo Pinheiro, sobre os debates centrais da atividade: representatividade das entidades sindicais, água, energia e tecnologias.
Murilo reforçou também as pautas constantes dos engenheiros, o projeto Cresce Brasil +Engenharia +Desenvolvimento e a luta pela carreira de Estado para engenheiros, arquitetos e agrônomos em todos os níveis de governo (PLC 13/2013). “Nós precisamos trabalhar com a engenharia unida, nós precisamos ter uma engenharia com representatividade, com força, com presença em todas as questões da sociedade brasileira. Nós precisamos ter uma engenharia que seja respeitada, uma engenharia que tenha palavra […] Somente unidos nós faremos a diferença”, defendeu o presidente.
Entre as falas, Osvaldo Henrique Neves, diretor da Mútua do Rio de Janeiro, prestou homenagem ao presidente da caixa de assistência aos profissionais do sistema Confea/Crea, Paulo Guimarães, que faleceu em maio último vítima da Covid-19. Nas palavras de Murilo, “um companheiro que deve sempre ser lembrado”.
Assista:
Destaques da abertura:
“Não vamos dar um rumo ao nosso país sem contar com a excelência da engenharia”, destacou Gilberto Kassab, ex-ministro e presidente nacional do PSD.
“Eu respeitarei sempre a posição técnica em defesa da valorização de quem estudou e pratica, e aprende na profissão […] seja para discutir elementos como o piso salarial dos engenheiros, quase extinguido por um jabuti (incluído à MP 1.040) seja na Lei de Licitações”, senador Esperidião Amin (DEM/SC).
“Não existe ciência e tecnologia sem engenharia […] na retomada da economia a engenharia tem papel fundamental. O Brasil precisa de mais engenheiros”, Paulo Cesar Resende de Carvalho Alvim, secretário de Empreendedorismo e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
“Não há como ignorar esse processo que se abateu sobre toda a população mundial. No Brasil de uma forma mais dramática por erros cometidos […] Isso determina novas formas de trabalho, de produzir e de consumir, e vejo que a sustentabilidade e a inovação são mais do que nunca necessárias”, deputado federal Arnaldo Jardim (PPS/SP).
“Junto ao debate do desenvolvimento nacional, temos que fazer o debate [em defesa] da democracia”, deputado federal Carlos Zarattini (PT/SP).
“Estamos falando virtualmente com todos graças à engenharia, a tecnologia digital que veio para ficar e transforma todas as áreas. Os inventos que a engenharia propicia otimizam tudo”, Ivani Contini Bramante, desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª região.
“[os temas do XI Conse] são marcas registradas da FNE. Sempre defendendo de um lado os interesses maiores do País, da engenharia, e do outro lado também cuidando com muito zelo das questões corporativas dos nossos profissionais”, Joel Kruger, presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea).
“Não dá para falar em desenvolvimento sem engenharia. Infraestrutura é desenvolvimento”, secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira.
“Falta de investimento tem como consequência o baixo nível da produtividade da nossa economia […] Nós precisamos endereçar os desafios grandes que temos”, Isaac Sidney Menezes Ferreira, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
“Sem dúvida nenhuma é a área [engenharia] que mais vai crescer no País”, deputado estadual Ricardo Madalena (PL/SP).
“Com as crises que estamos vivendo, pandemia, economia, quase 15 milhões de desempregados, a perda do poder de compra, a alta dos preços, ainda temos, ao mesmo tempo, a crise política, que restringe investimentos em políticas sociais e até na educação […] para a engenharia é imprescindível que tenha investimentos em educação e pesquisa”, deputada estadual Adriana Accorsi (PT/GO).
“Eu gostaria muito que as políticas sociais fossem determinantes neste processo de desenvolvimento, no sentido de erradicar a pobreza, reduzir as desigualdades sociais. E estou muito convencido de que os engenheiros do Brasil são construtores também de um processo que visa aumentar as oportunidades e reduzir os privilégios”,deputado estadual Walter Vicione (MDB/SP).
“Independente de atuar na área fim da engenharia, a excelência da formação traz repercussão em todas as áreas que os engenheiros atuam”, Adi Balbinot Junior, coordenador geral de Assuntos Internacionais do Ministério da Educação, representando o ministro da pasta, Milton Ribeiro.
“Com essa febre de terceirização, privatização, em setores [nos quais] jamais poderia ter sido feito do jeito que foi feito, não se têm profissionais na área, não tem profissionais qualificados no quadro […] a carreira de Estado é fundamental. Nós, da área técnica, podemos contribuir muito mais ao País”, Ronaldo Lessa, vice-prefeito de Maceió, idealizador da Frente Parlamentar em defesa da engenharia no Congresso Nacional.
“Estamos para votar um projeto que vai favorecer a construção de novas ferrovias, principalmente as shortlines […] o Brasil tem uma boa malha viária, mas precisa adensá-la fortemente. Eu imagino que isso do ponto de vista dos engenheiros é um desafio e tanto”, senador José Aníbal (PSDB/SP).
“É muito importante que tenham esses encontros. Precisamos ressaltar cada vez mais a importância de valorizar os profissionais”, deputada estadual Teresa Britto (PV/PI).
“A Prefeitura de São Paulo tem hoje uma visão bastante clara sobre a importância da engenharia, principalmente dos projetos de engenharia”, Marcos Monteiro, secretário Municipal de Infraestrutura e Obras de São Paulo, representando o prefeito Ricardo Nunes.
“A telecomunicação, a conectividade é transversal, beneficia o crescimento […] telecomunicações é infraestrutura, engrenagem essencial para a economia”, Vinícius Caram Guimarães, superintendente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
“Sou engenheiro há 49 anos e testemunha da fundamental atuação dessa federação em prol da engenharia nacional”, Newton José Soares Cavalieri, diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
“Principalmente na área de consultoria, onde atuo, as figuras da empresa e do seu corpo de engenheiros estão intrinsicamente ligadas, e esta fusão, resultado de uma gestão competente e da técnica apurada, é que garante os resultados dos trabalhos realizados”, Fernando Mentone, presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva – São Paulo (Sinaenco).
“A engenharia é o motor do desenvolvimento, e quando a gente participa de um evento desse, tem a certeza de que é mesmo, de que é com a engenharia que vamos levar o País na trilha do desenvolvimento”, Ana Adalgisa, presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (Crea-RN).
“É uma alegria estar aqui com vocês, com os sindicatos, que fazem um papel extraordinário. Essa nossa luta seria inglória se não fosse por todas essas forças que se aglutinam”, Edward Madureira Brasil, reitor da Universidade Federal de Goiás.
“A engenharia é hoje chamada a novos desafios para o progresso não só da ciência, mas em defesa da sociedade”, Jorge Luis e Silva, presidente do Crea-ES.
“Precisamos entrar numa economia de conhecimento, retomar industrialização, e de um plano nacional”, deputado federal Paulo Teixeira (PT/SP).
“Como está difícil para manter nossas organizações de pé, mas nós estamos […] você de casa conheça mais a engenharia, a importância que ela tem na sua vida, o porquê defendemos a carreira de Estado, a engenharia está aí para mostrar o seu melhor”, Ana Paula Farias, presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Estado do Rio de Janeiro (AEARJ).
Estiveram ainda presentes: vereador Eliseu Gabriel (PSB/SP); diretora da Escola Politécnica da Univesidade de São Paulo, Liedi Iegi Bariani Bernucci; presidente da Cetesb, Patrícia Iglecias; presidente do Metrô de São Paulo, Silvani Pereira; presidente do Crea Minas Gerais, Lúcio Borges; presidente do Crea Ceará, Emanuel Mota; presidente da Associação Brasileira de Engenheiros Mecânicos e Industriais, André Luiz Carvalho; diretor do Ibape Rio de Janeiro, Paulo Rosa; Iara Nagle, presidente da ABEA-RJ, e Fernando Annibolete, presidente da SDPROCITEC.