O desabamento de parte da Ciclovia Tim Maia, no dia 21 de abril, na zona sul do Rio e que causou duas mortes até agora, chocou o país, especialmente por ter ocorrido três meses após a sua inauguração. Poucas horas após a tragédia, internet e meios de comunicação replicavam avaliações de engenheiros em todo o país para as possíveis causas do acidente, se teria havido erro de projeto ou de execução.
Segundo o presidente do Senge-SC, Fábio Ritzmann, o urgente agora é realizar uma criteriosa investigação, identificar causas e eventualmente punir os responsáveis.
Perícia independente
A Fundação Geo-Rio, da prefeitura, vai contratar perícia independente para emitir parecer sobre o desabamento. Uma primeira inspeção técnica no trecho de 26 metros da estrutura da ciclovia que desabou foi feita nesta manhã. Devido às más condições do mar, nova análise deverá ser feita depois que o nível da água permitir.
A prefeitura informou ainda que toda a extensão de 3,9 quilômetros (km) da ciclovia foi vistoriada e a estrutura está preservada, sem risco iminente. Por medida de segurança, a Avenida Niemeyer segue interditada ao tráfego, pois as ondas continuam atingindo a pista.
Custos
Os reparos serão executados pelo Consórcio Contemat/Concrejato, responsável pela construção, sem ônus adicionais ao município, pois a ciclovia ainda está na garantia de obra. A Avenida Niemeyer permanece interditada ao tráfego e o Corpo de Bombeiros continua as buscas no local.
O consórcio informou que está estudando as causas do acidente. O consórcio que venceu a licitação disse ainda que todo o processo foi supervisionado pelos órgãos de fiscalização competentes e que a empresa segue todos os protocolos e normas de segurança, utilizando-se das mais modernas técnicas e equipamentos de construção.
A estrutura da ciclovia no trecho é composta por elementos pré-moldados concebidos por sobrecarga total prevista em norma de 22,5 toneladas. Os três pilares estão apoiados em fundações fixadas à rocha.
Com informações da “Agência Brasil”