A terceira edição do Senge-SC Conecta comprovou o sucesso do formato e a importância da iniciativa de propor esse importante debate com a engenharia. O tema Geração de energia distribuída, as mudanças com o novo marco legal e a Lei 14.300 reuniu profissionais da área que esclareceram muitas dúvidas com o palestrante engenheiro eletricista Flávio Wacholski, da Associação Brasileira de Geração Distribuída – ABGD, especialista em Gestão de Empresas pela FGV e diretor do Crea-SC.
Tendo atuado em grandes empresas de energia como a Copel e a Celesc, possuindo grande experiência em sistemas elétricos de potência, geração distribuída e gestão de energia, Wacholski explanou sobre geração de energia, capacidade instalada, energias renováveis, regra de transição e apresentou uma linha do tempo do marco legal e dados estatísticos de todas as regiões do Brasil. A live foi mediada pelo diretor administrativo do Senge-SC, Wladimir Vieira, também engenheiro eletricista, entusiasta do tema. “Esse mercado vai crescer muito em 2022, por isso a importância do debate e da difusão de informações entre os colegas e a sociedade”, comentou.
A forma como a energia será medida e gerida pelas empresas daqui em diante é a grande inovação a ser debatida pelo setor elétrico, e Flávio Wacholski, que esclareceu dúvidas dos colegas durante a live, disse que agora a grande expectativa é a regulação e a padronização. Para ele, a principal mudança provinda desse novo marco da geração distribuída é a segurança jurídica trazida pela lei. “A situação ainda está se acomodando, mas sentimos que o investidor, seja residência, comércio, indústria e cooperativas, terão segurança jurídica ao firmar esse investimento.
Sobre a atual discussão sobre a retirada de subsídios existentes na tarifa e a possibilidade dessa instabilidade comprometer a viabilidade de novas usinas de geração de energia no sistema, Flávio admitiu que isso vai impactar os projetos futuros. “Os clientes/investidores estão sendo informados e todos ainda vão querer aproveitar o momento atual, mas vai impactar a partir de aproximadamente três anos e esse é o desafio do setor”.
Segundo ele, é importante que, cada vez mais, se procure inserir o profissional da engenharia nesse novo setor em amplo crescimento no país, de forma que os conceitos de engenharia nos projetos e execução de obras e de segurança sejam sempre fortalecidos. “O Senge-SC está de parabéns por estar desenvolvendo esse segmento e o Crea-SC por procurar atuar na fiscalização no setor de geração distribuída,” finalizou.
A live está disponível no canal do Senge: