Os especialistas Adalberto Cavalcanti Coelho e Mário Baggio apresentaram o Painel Controle e Redução de Perdas de Água na tarde do segundo dia do 2º Concasan, o Congresso Catarinense de Saneamento, que acontece até esta sexta-feira no Centro de Eventos Luiz Henrique da Silveira, em Canasvieiras, Florianópolis.
A diferenciação entre perdas reais, causadas por vazamentos e fugas de água dos sistemas; das perdas aparentes, causadas por problemas de medição e fraudes, por exemplo, foi detalhada pelo consultor do Water Database Brasil Mário Baggio. Ele ainda mostrou os diferentes métodos de medição das perdas, identificando o IVI – Índice de Vazamentos da Infraestrutura – como o mais confiável, já que considera a pressão. “Os índices de perda variam conforme a topografia da cidade quanto mais acidentada, mais pressão na rede é necessária, o que deve ser considerado na medição de perdas do Sistema”, considera o especialista. Entretanto Baggio lembra que não há indicador perfeito: “ainda se busca um indicador para a perda aparente”, lembra o técnico.
O consultor do Banco Mundial Adalberto Cavalcanti Coelho apresentou seus estudos sobre este tipo de perda nos sistemas de água tratada, informando que na América Latina o percentual de perda aparente varia de 14 a 40% do total que é produzido. Com sua experiência ele afirma que os índices dependem de parâmetros sociais e estratégicos que variam conforme a situação social e econômica das regiões. Ele comparou casos em que um campo de golfe de um país desenvolvido recebeu uma multa milionária ao ser identificado um desvio de água, enquanto em outro país em desenvolvimento os ‘gatos’ nas regiões mais carentes eram endêmicos. Ao longo da sua palestra Adalberto discorreu sobre as causas e reflexos dessas situações.
Fonte: Casan