O Centro Nacional de Pesquisa em Energias e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), que abriga o Sirius, superlaboratório de luz síncrotron que é o maior investimento científico brasileiro, lançou nesta terça-feira (22) a “Ilum Escola de Ciências”, que irá oferecer curso de graduação gratuito em ciência, tecnologia e inovação e cujo processo seletivo inclui a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), carta de intenção do candidato e entrevista.
O processo seletivo começa em novembro deste ano e as aulas estão previstas para começar em fevereiro de 2022. Serão 40 vagas para o curso de bacharelado em período integral, com duração de três anos, e com imersão gradativa no ambiente de pesquisa e de inovação tecnológica do CNPEM. O financiamento da Ilum será feito pelo Ministério da Educação.
A Ilum fica instalada em um prédio do bairro Santa Cândida, em Campinas, endereço onde na década de 1980 os pesquisadores iniciaram o desenvolvimento do primeiro acelerador de elétrons brasileiros, o UVX, recentemente substituído pelo Sirius. O prédio foi reformado para abrigar a Escola de Ciências.
Segundo o CNPEM, o currículo contemplará os seguintes campos: linguagens matemáticas; ciências da vida, ciências da matéria, humanidades e empreendedorismo.
Nos dois primeiros anos, haverá aulas teóricas e práticas no prédio sede da Ilum com imersão gradual no CNPEM, enquanto o terceiro ano será dedicado exclusivamente ao desenvolvimento de projetos no CNPEM.
“A vocação do projeto é a formação de cidadãos e profissionais conscientes dos desafios científicos, tecnológicos e econômicos globais, e que estejam preparados para serem protagonistas de transformações necessárias na sociedade frente a grandes problemas, como energias limpas, produção agrícola, sustentabilidade, saúde, fármacos, materiais e minerais estratégicos e outros.”, explica, em nota, Adalberto Fazzio, diretor da Ilum e um dos idealizadores do projeto.
O que é o Sirius?
Principal projeto científico do governo federal, o Sirius é um laboratório de luz síncrotron de 4ª geração, que atua como uma espécie de “raio X superpotente” que analisa diversos tipos de materiais em escalas de átomos e moléculas.
Fonte e foto: G1