Em uma ação conjunta pela qualidade de vida, Casan e Prefeitura Municipal anunciaram, na manhã desta quarta-feira, dia 11, o projeto para recuperação da balneabilidade da Baía Norte, uma das áreas mais nobres e populosas de Florianópolis.
Semelhante ao bem-sucedido processo que está ajudando a recuperar o Rio do Braz, no Norte da Ilha, a ação voltada à Baía Norte está focada no controle dos poluentes conduzidos pela rede de drenagem (a rede de águas das chuvas). O evento contou com a presença do Senge-SC, através do presidente Fábio Ritzmann; do vice-presidente Carlos Bastos Abraham, também presidente em exercício da FNE; do diretor de comunicação Alexandre Bach Trevisan e do conselheiro Lucas Barros Arruda.
A meta do projeto é tornar balneável − ainda em 2018 − a região da Beira-Mar Norte em uma extensão de três quilômetros e meio, entre a Guarnição de Buscas e Salvamento do Corpo de Bombeiros (próximo à Ponte Hercílio Luz) e a Ponta do Coral.
Com esse objetivo, será instalada junto à Estação Elevatória da CASAN (área conhecida como Bolsão), na Avenida Beira-Mar, uma Unidade Complementar de Recuperação Ambiental (URA), que vai tratar a água contaminada da rede de drenagem e lançar ao mar efluente livre de coliformes fecais. A URA Beira-Mar terá capacidade de tratar de 30 a 150 litros por segundo, o equivalente a quase 13 milhões de litros por dia.
O plano de trabalho prevê que cada uma das saídas da rede de drenagem pluvial (tubulações de cimento) receberá um sistema próprio de captação e bombeamento. Serão, assim, cerca de 15 a 20 pequenas estações elevatórias conduzindo esta mistura de chuva com esgoto até a URA Beira-Mar. Desinfetada e clarificada, a água será lançada na Baía Norte.
Apesar de a área central de Florianópolis dispor de 100% de rede de coleta e tratamento de esgoto, diferentes fatores ainda causam a poluição da praia. Entre eles, a ocupação desordenada e o altíssimo adensamento urbano. Para agravar, Casan e Prefeitura estimam que cerca de 50% dos imóveis da região apresentam alguma irregularidade na instalação com a rede coletora de esgoto.
“Esse conjunto de fatores faz com que os canais pluviais arrastem com a água da chuva uma alta carga de esgoto, gerando a contaminação que impede o banho de mar na zona mais populosa da Capital”, explica o diretor-presidente da Casan, engenheiro Valter Gallina. “A rede de esgoto instalada resolve o problema sob o ponto de vista sanitário, mas não permite a balneabilidade.”
Poluição da Baía é localizada
Análises realizadas pelo Laboratório de Efluentes da Casan para monitoramento da Baía Norte apresentam resultados que deram suporte ao projeto de despoluição da região. Esse acompanhamento mostra que a menos de 200 metros da areia da praia a água se apresenta dentro dos parâmetros de balneabilidade da Fatma.
Essa boa condição da água comprova que a poluição da baía está localizada nas galerias de água da chuva. “Solucionados estes focos, a balneabilidade poderá ser recuperada”, diz o engenheiro Jair Sartorato, superintendente da Região Metropolitana da Casan e um dos idealizadores desse projeto fantástico.
O projeto está orçado em R$ 24,5 milhões e deverá permitir que o sistema de captação, elevatórias e a Unidade Complementar de Recuperação Ambiental (URA) estejam em operação antes do início do Verão 2019.
Segundo Abraham, presidente em exercício da FNE, essa bela iniciativa mostra o empenho do Gallina frente à gestão da Casan que, junto com o prefeito Gean Loureiro, mantém a parceria da gestão compartilhada transparente com um bom trabalho desenvolvido em prol do saneamento da capital. “Essa obra vai marcar na história do saneamento do Estado e vai ser referência para o saneamento nacional”, afirmou.
Fonte: Com informações da Casan