O Banco do Brasil reduziu as taxas de juros do rotativo do cartão de crédito para abaixo dos 10% ao mês, na esteira das mudanças de regras do cartão, que começam a valer em 3 de abril.
Com a mudança, as taxas se aproximam das cobradas no parcelamento de fatura. A taxa máxima do rotativo passa a ser de 9,79%. O parcelamento de fatura será de, no máximo, 9,38%. As taxas mínimas serão de 1,92% no rotativo e de 1,91% ao mês no parcelado.
As taxas máximas ainda são mais caras que as cobradas em crédito pessoal e crédito consignado.
A partir de abril, os bancos não poderão deixar nenhum cliente por mais de um mês no rotativo do cartão. Depois desse prazo, eles serão obrigados a migrar os usuários para linhas com condições mais favoráveis —com taxas mais baixas, portanto. Todos farão parcelamento automático de fatura, mas as condições vão variar de banco pra banco.
A medida tenta conter o endividamento dos brasileiros que entram no rotativo.
Na semana passada, Bradesco e Itaú haviam anunciado mudanças em suas taxas também para abaixo dos 10%. O Bradesco afirmou que não haverá mais diferença de taxas entre as duas linhas.
Entre os grandes, o Santander é o único que divulgou como será o novo rotativo, mas ainda não reduziu as taxas contadas do consumidor.
O banco afirmou que ainda estuda sua nova política de preços do rotativo. A taxa média do rotativo do Santander, segundo o Banco Central, é de 17% ao mês.
NUBANK
Clientes do Nubankk, cartão de crédito da fintech de mesmo nome, estão sendo informados pela fatura sobre as novas regras do Banco Central para o rotativo. A empresa não explicou como será o parcelamento de fatura, mas anunciou que a taxa de juros será mais baixa que a do rotativo.
As taxas de juros no parcelamento automático do rotativo serão de até 9,75%. O rotativo será mantido em até 14% ao mês.
A fintech também passará a cobrar a primeira tarifa de seus clientes, multa de 2% em caso de atraso no pagamento da fatura. Procurada, a empresa disse que a medida é “para garantir a sustentabilidade do negócio” e que os grandes bancos também cobram essa tarifa. Os juros por atraso vão subir, mas a empresa não especificou quanto.
O Nubank se consolidou no mercado pelos juros mais baixos cobrados dos clientes, além de não cobrar anuidade e nenhuma outra tarifa.
Fonte: Folha de São Paulo