A General Motors foi criticada por quase duas décadas após ter encerrado o projeto EV1. A interrupção dos planos que envolveram esse carro elétrico foi visto como um retrocesso da indústria, alimentando teorias da conspiração. Agora, surge a oportunidade de tentar mudar essa história.
O recém-chegado Bolt, que carrega o logotipo da Chevrolet, foi eleito Carro do Ano nos EUA. Assim como o EV1, ele nasceu para ser carregado em uma tomada.
A escolha é feita por meio de eleição, e os votantes são jornalistas especializados no setor automotivo. É a primeira vez que um carro elétrico recebe o prêmio, que coube ao Honda Civic em 2016.
O Bolt chegou recentemente às lojas, e tem preço elevado para os padrões americanos. Sem incentivos fiscais, custa o equivalente a R$ 120 mil. É o suficiente para comprar um jipão de alto luxo equipado com seus grandes motores V8. Esse é o principal obstáculo para a massificação dos carros elétricos hoje, já que o outro problema, a autonomia restrita, começa a ser resolvido.
De acordo com a GM, o Bolt pode rodar até 380 quilômetros com uma única carga, o que equivale à autonomia de um carro popular abastecido com etanol em uso misto (cidade e estrada).
A escolha de um carro “verde” como o modelo mais importante do ano reflete o momento atual da indústria: todas as empresas têm certeza de que o futuro é elétrico, o que intensifica a apresentação de modelos desse tipo. Contudo, falta viabilizar a produção em larga escala, que depende do interesse do público com poder aquisitivo para comprá-los e fazer a máquina girar
Fonte: Folha de São Paulo