No dia 9 de maio, a comissão de acompanhamento da obra da ponte Hercílio Luz se reuniu com o presidente do Deinfra, engenheiro Paulo França, e com o engenheiro Wenceslau Diotallevy no canteiro de obras da ponte Hercílio Luz, tendo comparecido também os responsáveis da Teixeira Duarte e da RMG Engenharia, que supervisiona a obra. A pauta da reunião foi a apresentação de todos os itens que contemplaram o novo aditivo, onde foi demonstrado claramente todas as peças e equipamentos utilizados durante que não constaram da planilha do orçamento.
Numa obra tão complexa como essa, os projetistas orçaram todos os elementos construtivos, mas o que mais pesou no aditivo foi o reequilíbrio financeiro devido à interrupção por cinco meses decorrente do atraso com a morosidade das desapropriações dos terrenos embaixo da ponte. Outro fator preponderante foram as trocas das transversinas e as longarinas nas duas cabeceiras da Hercílio Luz, sendo que somente esses dois fatores consumiram em torno de R$ 18 milhões.
Com relação ao cronograma, além do fator político, onde o governo estadual deve se empenhar pela liberação desses recursos junto ao BNDES, existe um entrave de nova desapropriação no lado da ilha, justamente na fase delicada da obra do bloco de reforço do maciço de ancoragem, que também está atrasando a continuidade dos trabalhos.
Segundo o engenheiro Carlos Bastos Abraham, vice-presidente do Senge-SC e da FNE e que faz parte da comissão “o governador tem que se empenhar nessa missão junto ao governo federal e mostrar a sua vontade e responsabilidade perante a sociedade catarinense, uma vez que a engenharia está 100% pronta e capacitada para a continuidade da obra e qualquer interrupção geraria mais custos desnecessários, além da falta de credibilidade da sociedade em geral.”
O mais preocupante, avalia Abraham, é o prazo de garantia da estrutura metálica de sustentação provisória montada em 2013 para a realização da transferência de cargas, uma vez que os supervisores calculam o prazo até final de 2019. “Ficou agendada a próxima reunião do presidente do Deinfra, Paulo França, e com o fiscal da obra, Wenceslau Diotallevy, para o dia 23 de maio a fim de sermos atualizados sobre o avanço dos trabalhos,” adiantou Abraham.