O candidato ao Senado Federal, Kennedy Nunes, participou hoje (21) do Café com Candidatos no Senge-SC, quando enfatizou fazer parte de um projeto nacional, onde a principal meta é promover o enfrentamento aos abusos do Supremo Tribunal Federal (STF), e está qualificado para a missão por não responder a processos judiciais. “Estamos vivendo um momento em que nossa liberdade está em jogo, momento perigoso e eu acabei decidindo aceitar esse desafio de ser candidato com o propósito de fazer valer o artigo 52 da nossa constituição, que diz ser privativo do Senado processar integrantes da suprema corte”, adiantou ao informar que está há nove meses estudando o regimento do Senado e parabenizou o Senge-SC e as entidades pelo convite, porque há muita necessidade de conversar.
“Se Santa Catarina me der a missão de ir ao Senado, já em novembro começarei um roteiro pelo Brasil e visitar todos os senadores eleitos, visando formar um bloco para ter as assinaturas necessárias a fim de convocar os ministros a prestarem contas de seus atos e, entre outras medidas, estabelecer prazo para pedidos de vista, impedindo que processos fiquem parados durante vários anos, informou Kennedy Nunes. O candidato assegurou se colocar à disposição da engenharia. “Sou uma ferramenta que vocês podem usar. Só preciso de uma boa causa, quando ela é boa, não meço o tamanho do meu adversário e sou um leão”, reiterou adiantando ainda suas prioridades no Senado, como reforma administrativa, alteração do pacto federativo, reforma política unificando as eleições a cada cinco anos e acabar com a reeleição para presidente e com o fundo eleitoral.
O vice-presidente do Senge-SC, Regis Hamilton Coelho, representando o presidente Daniel Crippa Lemos, saudou o candidato e os presentes no Café com Candidatos, destacando a honra com a presença de todos. Ressaltou que todos os candidatos ao governo do Estado e Senado Federal foram convidados a dialogar com a engenharia de Santa Catarina e mostrar seus projetos de governo e representação. “O Senge-SC e seus parceiros esperam colaborar com a democracia e contribuir para um debate plural entre os candidatos e a nossa classe”, afirmou.
Aberta a palavra aos presentes, o coordenador do evento e presidente da ABEE Nacional José Latrônico Filho comentou sobre a preocupação com a questão da educação e a péssima qualidade do ensino médio e fundamental. Mencionou o temor com o ensino a distância na área da engenharia, como em muitas outras áreas, devido à impossibilidade real de formar bons profissionais nessas condições. Enfatizou que o Brasil tem uma matriz energética entre as melhores do mundo e a engenharia está apreensiva com a obrigatoriedade de seguir o acordo mundial pela descarbonização, o que resultaria na venda do complexo Jorge Lacerda, fundamental para o país devido à necessidade segurança energética. Citou a energia fotovoltaica, onde o Brasil é dependente da China, tornando-se urgente a industrialização na área de painéis e inversores. Chamou, ainda, atenção para o imenso potencial da energia Eólica Offshore. Sobre esses temas, o candidato assegurou serem todos suas prioridades.
O diretor do Senge-SC e da Federação Nacional do Engenheiros (FNE), Carlos Bastos Abraham, informou estarem elaborando um documento para entregar a todos os candidatos com as questões importantes para a engenharia e já adiantou a Kennedy Nunes a importância de reativar a adormecida Frente Parlamentar Mista da Engenharia e Infraestrutura no Congresso Nacional, pedindo a sua participação, pois, infelizmente a participação dos senadores catarinenses no passado foi mínima. Destacou também a necessidade de revisão parcial do novo marco regulatório do saneamento, a retirada do controle do setor do Ministério da Economia, e a urgência desoneração do Pis/Cofins para todas as empresas do setor no país.
Abraham chamou especialmente a atenção do candidato para o PLC 13/2013, que torna o engenheiro como carreira típica de estado, colocando-a em outro patamar de valorização profissional, e que está no limite de caducar no Senado, e para o PL 626/2020, que regulamenta a atribuição do título profissional, fundamental para a classe por impedir que um engenheiro continue sendo contratado sob outra nomenclatura, como analista. Sobre os dois projetos de lei, Kennedy Nunes disse entender a importância de ambos, “pois tudo passa pela engenharia, que é um fator importante para a nação e vocês têm em mim um parceiro no Senado”.
Os representantes das entidades reforçaram os pedidos acima, tendo elogiado ao candidato a escolha do suplente, que é ligado ao agronegócio, setor que merece um olhar mais apurado, especialmente no que se refere à agricultura familiar, que torna Santa Catarina um estado tão pujante. Nesse sentido, foi enfatizada a preocupação com o futuro das empresas da área agrícola e o temor para a possibilidade de diminuir esse trabalho tão importante. Foi destacada também a Kennedy Nunes a questão da sobrevivência dos sindicatos, lembrando que todas as economias desenvolvidas do mundo têm sindicatos fortes, além da preocupação com a reforma administrativa e concursos públicos e, ainda a importância da luta para alterar o pacto federativo, com pedido especial de luta no Senado para redistribuir um pouco melhor essa verba que sai de Santa Catarina e não volta.
Estavam presentes também ao Café com Candidatos, representando as entidades parceiras, Eduardo Piazeira (Seagro), Carlos Frederico Fronza (ABEE-SC) Adriana Pires Vicelli Hahn (Sinaenco), Luiz Albani Neto (Sindecom), Carlos Koyti Nakazima (Mútua-SC) e Wilson Floriani (Abemec-SC).
O Café com Candidatos é promoção do Senge-SC, em parceria com as entidades de classe e já está confirmado o próximo encontro: 23/9 Jorge Seif (Senado). Os candidatos ao governo do estado, Jorginho Mello, Gean Loureiro, Jorge Boeira, Carlos Moisés e Esperidião Amin; e ao senado, Afrânio Boppré, Alberto Causs (suplente), Dario Berger e Raimundo Colombo já estiveram no Senge a fim de apresentar suas propostas de gestão para os engenheiros.
São entidades parceiras do SENGE-SC no “Café com Candidatos”, ABES-SC, ACE, ACEOP, ACESA, ACEST, ABEE-SC, ABEMEC-SC, CREDCREA, AGESC, MÚTUA-SC, SEAGRO, SICEPOT-SC e SINAENCO-SC.