A sala de eventos da FIESC lotou na sexta-feira, dia 29 para o Seminário Cresce Brasil – Engenharia de Manutenção, promovido pelo Senge-SC e FNE. O encontro reuniu autoridades, engenheiros, representantes de entidades da engenharia, técnicos e estudantes, e encerrou com uma visita técnica à Ponte Hercílio Luz, conduzida pelo engenheiro José Abel Silva, consultor das obras de reforma.
O debate centrou-se no fato de que há inúmeras exigências até a entrega das obras, mas nada obriga os agentes públicos a atuar na manutenção pós-obra. “As pessoas precisam se sentir seguras; isso é engenharia”, afirmou o presidente do Senge-SC, José Carlos Rauen, ao pontuar que em toda a sua vida profissional viu “pouca obra de recuperação e manutenção”.
“Se os gestores ouvissem mais a engenharia, também acertariam muito mais”. Esse foi o consenso dos debates e, a partir de agoira, o objetivo do Seminário é intensificar o debate entre órgãos públicos para que haja efetivo fim da precariedade e improviso, e seja implantada política de inspeção, conservação e manutenção permanentes, além de buscar consenso e soluções para enfrentar o descaso com a inspeção e conservação das estruturas existentes no país.
Para mudar o atual quadro, a proposta é que as administrações municipais, estaduais e federal instituam um órgão com dotação orçamentária e corpo técnico qualificado para se responsabilizar por inspeção e conservação regulares. Além de propiciar a proteção das pessoas e do meio ambiente, a medida permitirá a correta aplicação dos recursos públicos de forma programada e responsável, e não em ações corretivas emergenciais e sempre muito mais dispendiosas que a prevenção.
O seminário contou com o patrocínio do CREA Santa Catarina, Mútua e CredCrea, que foram sensíveis à importância do debate e aliaram-se como grandes parceiros dos evento.
