“Vocês têm uma participação e uma responsabilidade importante para os destinos e o futuro da nossa Santa Catarina. O governador terá o cargo por quatro anos e os engenheiros vão continuar cuidando do Estado ao longo de toda a sua história,” avisou de imediato o candidato ao governo no Estado, Mauro Mariani em sua visita ao Senge na manhã do dia 12 de setembro. O quarto participante do “Café com Candidatos” adiantou, inclusive, que o canal de diálogo está aberto e que não haverá qualquer dificuldade no contato com ele, caso eleito para o cargo.
Mariani agradeceu a oportunidade de ir ao Senge e falar com os representantes da engenharia, contou sua história e falou de seu currículo na vida pública. Antecipou que, para Santa Catarina dar um passo maior, há necessidade de mais ousadia para agregar valor a essa sociedade que já considera fantástica.
“O governo tem que ter sua capacidade de planejamento ampliada. A execução não precisa ser do governo, mas o planejamento estratégico sim. Não podemos terceirizar aquilo que é nosso e de nossa obrigação.” Ele antecipa sua intenção de pensar a infraestrutura em áreas como saneamento, energia elétrica, gás e solução rodoviária e ferroviária. Segundo ele, o Estado tem que ter a sua inteligência. “Vamos ter que fazer concurso e colocar novos engenheiros dentro da estrutura do estado. Disso não dá para abrir mão. Porque estrategicamente o governo pede e fica aqui o meu compromisso nessa direção”, antecipou.
Como ex-secretário da infraestrutura, Mariani discorreu sobre obras importantes para o Estado, como a urgência da recuperação das pontes e o resgate da excelência do Deinfra, do acesso para o aeroporto da Capital, da ponte Hercílio Luz, entre outras. “O governo tem que ter dinheiro para a manutenção das rodovias, para a concessão de novos aeroportos e incentivo à aviação regional e ao turismo, que traz retorno financeiro para o Estado.”
Questionado pelos engenheiros, afirmou que é pela Celesc pública e pela Eletrosul pública, exigindo, no entanto, eficiência e resultado. Acredita que licitação com técnica e preço deveria ser uma coisa óbvia. “Nós que trabalhamos nessa área sabemos disso. É uma tragédia, ainda bem que estão dando uma olhada na lei das licitações, espero que não saia pior do que está. Não dá para deixar correr frouxo, pois pode piorar o que já está ruim.”
Discorreu também sobre as BRs 280, 282 e 470 e lamentou que ainda seja necessário falar sobre isso, dizendo que a saída é a concessão. “Nós poderíamos ter avançado mais, mas precisava haver um envolvimento maior da figura do governador. Não é porque são obras federais que o governador vai ficar de fora. Ele tem que ser o primeiro a mergulhar. Se é com Santa Catarina, é com ele.”
O candidato afirma que a pior obra é a obra parada e, para isso, há que buscar parcerias. Segundo ele, não adianta conseguir o financiamento para a obra se falta para as desapropriações, que custam muito mais caro e o município sozinho não consegue tocar. “Vamos ter que construir parcerias e o governo do Estado terá que fazer a sua parte. Não temos mais como adiar. Essa é uma falha que precisa ser corrigida, ou seja, falta uma fala mais afinada com os municípios.”
Mauro Mariani foi o quarto a participar do “Café com Candidatos”, que recebeu o aspirante ao Senado, Raimundo Colombo, no dia 04 de setembro, e também os postulantes ao cargo de governador, Gelson Merísio no dia 10 e Décio Lima no dia 11. O “Café com Candidatos” é uma iniciativa do Senge-SC juntamente com as demais entidades da área que compareceram hoje, como CREA-SC, ACE, SEAGRO-SC, e SINTAGRI-SC.
O encontro teve também a participação do presidente da Casan, Adriano Zanotto; do presidente do Deinfra, engenheiro Paulo França; e do ex-presidente da Casan, engenheiro Valter Gallina.