O edital de processo seletivo do Sistema Fiesc/Senai nº 00188/2018 para contratação de engenheiro para atuar em Blumenau mereceu o repúdio do Senge-SC devido ao salário aviltante anunciado, de R$ 2.946,02.
O inconformismo da entidade foi claramente explicitado no ofício assinado pelo presidente do Sindicato, Fábio Ritzmann e pelo vice-presidente da FNE, Carlos Bastos Abraham, ao presidente da Fiesc, Glauco José Corte relatando o que o Senge define como um descaso para com a profissão e uma falta total de sensibilidade ante a importância da profissão para a definição dos destinos do município.
Segundo Ritzmann, profissões igualmente de nível superior, estão sendo aquinhoadas com vencimentos básicos superiores aos pagos para o engenheiro. “Repudiamos essa flagrante discriminação, além do fato do vencimento atribuído chegar a ser classificado de irrisório”, declarou o presidente do Senge.
Carlos Abraham lembra ainda que, em face de disposições constitucionais próprias, não seja obrigatório cumprir o que determina a Lei N° 4.950-A, de 22/04/66, no tocante ao pagamento de um piso salarial mínimo para os profissionais da engenharia, remunerá-los com um salário na base de 3(três) salários mínimos nacionais por uma jornada de 40 horas semanais, “representa um descaso para com a profissão e uma falta total de sensibilidade ante a importância da profissão para a definição dos destinos do município.”
Ao mesmo tempo em que manifesta seu profundo desapontamento, o Senge acredita na possibilidade de revisão dessa postura, reconhecendo-se a importância da engenharia e, em particular, do engenheiro, no papel reestruturador das cidades em prol do desenvolvimento urbano e apela para a sensibilidade do presidente da Fiesc em rever o vencimento básico do engenheiro, discriminado no edital de processo seletivo nº 00188/2018, tornando-o compatível com a sua dignidade profissional.