Continua travado no Conselho de Política Financeira do Governo o ACT dos engenheiros da Epagri e Cidasc. Ciente de que o somente com luta classista será possível obter conquistas, o Senge-SC está unido ao Seagro-SC para combater o descalabro do “reajuste zero”.
O Seagro-SC, em conjunto com o Senge-SC e Simvet/SC, lançou dia 13 de junho a Campanha “SOS AGRICULTURA – EU LUTO” para garantir o Acordo Coletivo de Trabalho das empresas Epagri e Cidasc, com data-base em 1º de maio. Passados quase dois meses, o Governo do Estado continua apresentando a mesma proposta de não conceder sequer o reajuste salarial pela inflação do período (INPC de 9,83%), causando prejuízos financeiros aos trabalhadores e retardando a completa implantação dos Planos de Carreiras nas empresas da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca. Numa primeira etapa foram colocados outdoors na região do Itacorubi, sede das empresas e da Secretaria.
A proposta do Governo causou indignação nas categorias dos engenheiros, engenheiros agrônomos, médicos veterinários e demais profissionais da área tecnológica, pois é a demonstração de mais um descaso com o setor agropecuário catarinense, que tem nos profissionais da pesquisa agropecuária, extensão rural e defesa sanitária os alicerces de uma agricultura que é modelo para o Brasil e para o mundo, garantindo ano após ano a sustentabilidade da economia catarinense.
Muito mais do que uma afronta, a proposta também ocasionará uma compressão da tabela salarial para os engenheiros agrônomos pior do que a que ocorria nos antigos PCSs. Ou seja, a implantação dos novos PCCSs para os engenheiros agrônomos, bem como para as demais categorias contempladas pela lei do Salário Mínimo Profissional (lei nº 4.950-A/66), sem a reposição do INPC através do ACT é um engodo e não é possível aceitá-la.