Nesse dia 13 de maio, o principal cartão postal de Santa Catarina, a Ponte Hercílio Luz, completa 90 anos, sendo um terço deste período interditada por conta do risco de desabar. O Estado já investiu R$ 200 milhões na recuperação da estrutura e ainda prevê a destinação de mais R$ 260 milhões, num contrato assinado sem licitação em nome da urgência de reparação.
A promessa é reabri-la em 2018, mas o fato é que, na prática, nenhum perito tem 100% de certeza sobre quando estará pronta. Até a instalação dos 54 macacos hidráulicos, responsáveis pela sustentação da ponte para a troca dos olhais e que efetivamente garantirão a tal ponte segura, deverá acontecer somente em 2017.
Para registrar a data, a Associação Catarinense de Engenheiros vai celebrar os 90 anos da ponte oferecendo a lideranças políticas, imprensa e representantes da sociedade civil organizada um café da manhã em seu Centro de Eventos, nesta sexta-feira, às 9 horas. Com uma programação técnica específica, reunirá autoridades envolvidas em todas as fases de restauração do mais destacado monumento catarinense.
Além da presença de representantes do Senge-SC, estão confirmadas as presenças de representantes do Centro Administrativo, da Secretaria de Estado de Turismo Cultura e Esporte – SOL, da Secretaria Municipal de Turismo – Setur, do Departamento Estadual de Infraestrutura – Deinfra, Construtora Teixeira Duarte, TDA Rafiting, além das entidades nomeadas pelo Decreto 642 de 11 de março de 2016 (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-SC), Associação Catarinense dos Engenheiros (ACE), Associação Catarinense dos Empresários de Obras Públicas (ACEOP), Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF), Associação Catarinense dos Consultores de Obras Públicas (ACCOP) e Fundação Catarinense de Cultura – FCC).
Desde sua inauguração, a Ponte Hercílio Luz enfrenta diferentes inimigos. A ação corrosiva do mar, o desgaste natural da estrutura e, por fim, o aumento da carga e do número de veículos, muito superiores ao projetado para a ponte em 1926. Mesmo assim, com os serviços de manutenção preventiva permanente, a ponte manteve, após quase 90 anos, sua estrutura original. Agora, mais do que nunca, há a necessidade de recuperá-la. E não assumir esse compromisso faria as próximas gerações pagarem um preço ainda maior.
Nos anos 90, três medidas protegeram a Ponte Hercílio Luz: os tombamentos municipal, estadual e federal. Em outras palavras: conservar, restaurar e recuperar a ponte é uma obrigação legal do Governo do Estado. Pesquisas realizadas em 2015, apontam que recuperar a Ponte Hercílio Luz é mais do que uma obrigação legal: é um desejo dos catarinenses.