O candidato ao governo de Santa Catarina, Esperidião Amin, participou hoje (15) do Café com Candidatos no Senge-SC, quando enfatizou, no início de sua fala, que a inteligência foi o caminho para a vitória, tanto para a engenharia, quanto para várias atividades que em Santa Catarina têm uma liderança fora do eixo ou da curva. “Temos que dar à engenharia catarinense oportunidades; seja no agro, no desenvolvimento, pesquisa e as várias engenharias ligadas à logística,” afirmou. Ele alertou que, pelos projetos apresentados, Santa Catarina terá o segundo lugar absoluto em matéria de portos, pois está caminhando para ter, em 10 anos, mais de 30 terminais portuários.
O candidato chamou a atenção também para o PL 576, já aprovado no Senado e que agora vai para Câmara, sobre geração de energia off shore, eólica, solar, das marés e das ondas, com benefícios fiscais para estados e municípios. Segundo ele, o importante é que isso vai abrir uma corrida em prol da energia limpa renovável em uma área onde o estado é rico e será altamente competitivo. “O que eu quero é trazer curiosidade, interrogação, desde a conservação de estradas até a energia; pois esse é o campo da engenharia, e também um choque de modernização para o ensino, especialmente o profissionalizante.
Ao agradecer as colaborações feitas pela classe hoje, Amin antecipou que pretende valorizar esse despertar do profissionalismo das várias especialidades que compõem a engenharia e as que ainda vão surgir. “Estejam cientes do meu respeito ao Senge-SC e aos seus profissionais e mais uma vez me coloco à disposição”. Finalizou assegurando “quero trazer muito mais que uma promessa, pois é claro que vocês podem contar comigo.”
O presidente Daniel Crippa Lemos saudou o candidato e os presentes no Café com Candidatos, projeto iniciado em 2018 e agora consolidado na sua segunda edição. “É importante destacar que o Senge não adota nenhuma bandeira política partidária, o que o credencia para representar a classe, algo que nos honra bastante”, comentou. Ao falar sobre o trabalho no Senge-SC em prol da engenharia, o presidente ressaltou que o lema da gestão é cooperação e evolução para os novos tempos e enalteceu o trabalho do grupo de diretores e funcionários.
Aberta a palavra aos presentes, o coordenador do evento e presidente da ABEE Nacional José Latrônico Filho comentou que Esperidião Amin foi o primeiro candidato a vir ao Senge-SC que mencionou o assunto, já adiantado para os outros candidatos, sobre o potencial dos portos catarinenses. Na questão energética, Latrônico enfatizou a preocupação para a dependência no país da tecnologia chinesa em painéis fotovoltaicos e inversores, apesar do potencial do Brasil para assumir a industrialização nessa área e falou, ainda, sobre a sua grande preocupação com a educação e a péssima qualidade do ensino médio e fundamental, para os quais pediu especial atenção.
O diretor do Senge-SC e da Federação Nacional do Engenheiros (FNE), Carlos Bastos Abraham, também representando a ABEMEC-SC, reconheceu o empenho do candidato, então no Senado em junho do ano passado, quando da votação da malfadada MP 1040, que revogava a lei 4950 A, propondo uma emenda 284 e ajudando na manutenção do piso da categoria. Chamou a atenção para o PLC 13/2013, que torna o engenheiro como carreira típica de estado, colocando-a em outro patamar de valorização profissional, e que está no limite de caducar no Senado, e para o PL 626/2020, que regulamenta a atribuição do título profissional, fundamental para a classe por impedir que um engenheiro continue sendo contratado sob outra nomenclatura, como analista. Pleiteou, ainda, especial esforço para a retomada do setor ferroviário nacional, a conclusão da duplicação da BR 470 e para o contorno viário da grande Florianópolis, prometido para 2012. Enfatizou os baixos índices da tabela de reajuste dos serviços da e engenharia consultiva que deve sofrer um acréscimo para o bem da qualidade dos serviços dos projetos catarinenses. Também reforçou a necessidade da manutenção das estatais públicas Celesc e, em especial, a Casan, que vem desempenhando uma gestão de excelência.
Os representantes das entidades da engenharia reforçaram os pedidos acima, e reivindicaram ao candidato um olhar mais atento para as licitações desertas em Santa Catarina. Falaram sobre a preocupação com o futuro das empresas da área agrícola e o temor para a possibilidade de diminuir esse trabalho tão importante, bem como a preocupação com a manutenção da Casan e da Celesc como empresas públicas. Pediu-se também o fim da energia monofásica e a implantação da trifásica em todo o estado e de um planejamento elétrico e energético para Santa Catarina. Foram levantadas, ainda, questões como a importância da Embrapa, a urgência de mais e melhores rodovias, além de ferrovias, e as péssimas condições hospitalares no estado no que se refere à manutenção, além da necessidade de se desenvolver o básico da tecnologia, que é o micro processador, que dá mobilidade à geração de energia off shore.
Estavam presentes também ao Café com Candidatos o vice-presidente do Senge-SC, Regis Hamilton Coelho, e, representando as entidades parceiras, Wagner Sandoval Barbosa (Aceop), Eduardo Piazeira (Seagro), Raul Zucatto (Aeagro), Carlos Frederico Fronza (ABEE-SC) e Mauro Miranda (SINTEC-SC).
O Café com Candidatos é promoção do Senge-SC, em parceria com as entidades de classe e já estão confirmados os próximos seguintes encontros: 21/09 Kennedy Nunes (senado) e 23/9 Jorge Seif (Senado). Os candidatos ao governo do estado, Jorginho Mello, Gean Loureiro, Jorge Boeira, Carlos Moisés e Esperidião Amin; e ao senado, Afrânio Boppré, Alberto Causs (suplente), Dario Berger e Raimundo Colombo já estiveram no Senge a fim de apresentar suas propostas de gestão para os engenheiros.
São entidades parceiras do SENGE-SC no “Café com Candidatos”, ABES-SC, ACE, ACEOP, ACESA, ACEST, ABEE-SC, ABEMEC-SC, CREDCREA, AGESC, MÚTUA-SC, SEAGRO, SICEPOT-SC e SINAENCO-SC.