O candidato à reeleição ao governo de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva, participou no dia 13/09 do Café com Candidatos no Senge-SC, quando disse esperar poder continuar cuidando dos catarinenses e que sua principal bandeira é infraestrutura e logística. Ele relembrou sua vinda ao Senge-SC em 2018, então candidato com um baixo percentual do 1o turno nas pesquisas, e fez um relato aos presentes sobre as ações de infraestrutura e investimentos feitos durante os quase quatro anos da atual gestão, incluindo em rodovias federais. Ele relatou as revisões de contratos que eliminaram atravessadores e representaram imensa economia para o estado e citou especificamente a pandemia quando o número de UTIs no estado cresceu de aproximadamente 500 para mais de 1.500, número que foi mantido após o fim da emergência sanitária.
O candidato informou a contratação de 160 engenheiros na sua gestão e ressaltou o papel da profissão, afirmando que a engenharia está presente em toda a atividade social. “Realmente, tudo é engenharia. Falamos de alimentos, tem engenharia; de trânsito, tem engenharia; vamos entrar em um prédio, tem engenharia; vai navegar, tem engenharia.” Ele agradeceu a atenção recebida, e assegurou que vai levar os pleitos da classe com muito carinho.
O presidente Daniel Crippa Lemos, ao agradecer a presença do candidato, afirmou que o Senge-SC, nesse momento, se coloca como parceiro dos candidatos, como forma de contribuir para o desenvolvimento do estado. “Nós precisamos participar da política, mas o Senge não adota nenhuma bandeira partidária. A nossa bandeira é a da engenharia, e isso nos dá liberdade para discutir com os candidatos aqueles posicionamentos que são importantes para a categoria. Trabalhamos com a missão de valorização da engenharia catarinense, o fortalecimento da profissão e o apoio e defesa dos engenheiros”, afirmou.
Aberta a palavra aos presentes, o coordenador do evento e presidente da ABEE Nacional, José Latrônico Filho, falou sobre a sua grande preocupação com a educação e a péssima qualidade do ensino médio e fundamental, para os quais pediu especial atenção. Ele também fez um alerta para a dependência no país da tecnologia chinesa da área de energia fotovoltaica, para o imenso potencial da energia Eólica Offshore e a necessidade do Complexo Jorge Lacerda, hoje denominado Diamante, ser olhado como estratégia energética, sem esquecer a descarbonização. Latrônico pediu também o apoio do estado pela eletrificação veicular, descarbonizando a matriz dos transportes.
O diretor do Senge-SC e da Federação Nacional do Engenheiros (FNE), Carlos Bastos Abraham, relembrou algumas reivindicações feitas na visita do candidato ao Senge em 2018, que eram a continuidade da obra da Ponte Hercílio Luz e da despoluição da Avenida Beira Mar, em Florianópolis, ambas concluídas, e ainda a duplicação da obra federal da BR-470, que ainda precisa de atenção do governo. Ele entregou a Carlos Moisés o documento formulado pela FNE sobre a urgência da retomada do setor ferroviário nacional e falou sobre a necessidade de revisão parcial do novo marco regulatório do saneamento, que necessita de alguns resgates como o PlanSab, Plano Nacional do Saneamento, a retirada do controle do setor do Ministério da Economia, e a urgência desoneração do Pis/Cofins para todas as empresas do setor no país.
Os representantes das entidades da engenharia reforçaram os pedidos acima, em especial relacionadas ao transporte ferroviário; habitação social e consequente política de engenharia pública e atendimento aos profissionais autônomos de engenharia; revisão dos editais de contratação da engenharia consultiva e remuneração adequada; e que prossiga investindo na engenharia e na contratação e nos cargos técnicos. A energia foi mencionada também no que se refere às péssimas condições hospitalares no estado e a urgência da implantação de energia trifásica e de um planejamento elétrico e energético para Santa Catarina por uma maior confiabilidade do sistema.
Foi externada ao candidato preocupação com o futuro das empresas da área agrícola, fundamentais para o desenvolvimento do estado por trazerem vantagens para Santa Catarina que outros estados não têm; o crescimento sustentável das indústrias; e a preocupação com a manutenção da Casan e da Celesc como empresas públicas.
Estavam presentes pelas entidades parceiras, o vice-presidente do Senge-SC, Regis Hamilton Coelho, Gilberto Aguiar e Eduardo Irani (ACE), Carlos Frederico Fronza (ABEE-SC), Eduardo Piazeira (Seagro), Tamara Aragão (Sinaenco), Raul Zucatto (Aeagro), Lino Gilberto da Silva e Valdomiro da Silva Cardoso (Sintec-SC), Cesar Corbelini (Abemec-SC) e Luiz Albani Neto (Sindecon-SC). Também estava presentes Carlos Alberto Kita Xavier, presidente licenciado do Crea-SC e candidato a deputado federal, os diretores da Casan, Evandro Martins e Ivan Gabriel Coutinho, e também a presidente Roberta Maas, que falou sobre os investimentos “históricos” da empresa nos últimos quatro anos e os inúmeros projetos ainda a serem viabilizados.
O Café com Candidatos é promoção do Senge-SC, em parceria com as entidades de classe e já estão confirmados os seguintes encontros: 15/09 Esperidião Amin (governo), 21/09 Kennedy Nunes (senado) e 23/9 Jorge Seif (Senado). Os candidatos ao governo do estado, Jorginho Mello, Gean Loureiro, Jorge Boeira e Moisés e ao senado, Afrânio Boppré, Alberto Causs (suplente), Dario Berger e Raimundo Colombo já estiveram no Senge a fim de apresentar suas propostas de gestão para os engenheiros.
São entidades parceiras do SENGE-SC no “Café com Candidatos”, ABES-SC, ACE, ACEOP, ACESA, ACEST, ABEE-SC, ABEMEC-SC, CREDCREA, AGESC, MÚTUA-SC, SEAGRO, SICEPOT-SC e SINAENCO-SC.