“Sem a engenharia não vamos a lugar algum, e investir na engenharia é investir na soberania nacional”, iniciou hoje (25) o candidato ao Senado nas eleições de 2 de outubro, o vereador por Florianópolis, Afrânio Boppré no ‘Café com Candidatos’, realizado na sede do Senge-SC. Ele falou sobre engenharia e desenvolvimento, tecnologia, matriz energética e a urgência de preparação para os desafios que aguardam o país, incluindo a substituição de produtos importados na área de infraestrutura.
Ele afirmou se sentir preparado para os desafios de representar Santa Catarina no Senado. “Se eu tiver a oportunidade de ocupar uma cadeira no Senado, temos que criar um fórum de discussão e ter um espaço permanente de diálogo. Hoje vocês estão me chamando para conversar; se eu me eleger, eu vou bater à porta de vocês, com o compromisso de estudar, apoiar e conhecer como qual é o caminho para chegar a determinada metas traçadas de comum acordo entre nós”, adiantou.
Foram apresentadas ao candidato, pelo coordenador do evento, José Latrônico Filho, preocupações da classe, como a gravidade da situação do ensino médio e a urgência de atuar com seriedade na área da educação, visando o ensino tecnológico. Questões como a necessidade de atenção ao 5G, ao Complexo Jorge Lacerda, hoje denominado Diamante, que precisa ser olhado como primordial para segurança energética e à necessidade de mobilidade elétrica e de uma indústria de painéis e inversores para alcançar segurança energética nacional.
O diretor do Senge-SC e da Federação Nacional do Engenheiros (FNE), Carlos Bastos Abraham, destacou a independência da Federação e a sua participação na Frente Parlamentar Mista da Engenharia no Congresso Nacional para tratar das questões relativas à infraestrutura da engenharia, da qual os senadores por Santa Catarina infelizmente não participam, apesar dos inúmeros pedidos de audiência. “O problema maior do Brasil é falta de projeto”, lamentou Abraham, que informou ainda que a FNE está fazendo um documento para os candidatos à presidência da República, em especial sobre a retomada do setor ferroviário nacional.
O candidato ao Senado também ouviu relatos sobre a necessidade de atenção para os Sindicatos, fundamentais para trazer o equilíbrio necessário para que haja desenvolvimento e não apenas crescimento, até porque poucos candidatos mostram-se preocupados com o mundo do trabalho. Foi também apresentada a sugestão de apoiar e incentivar o cooperativismo de crédito, que hoje atua em setores até pouco tempo atrás exclusivos de bancos.
Afrânio reconheceu que precisa conversar com os engenheiros para aprimorar e pensar nas questões levantadas e sente-se confiante com a possibilidade de parceria. “O Sindicato dos Engenheiros sempre nos acolheu na estruturação do Dieese, quando tive a oportunidade, durante alguns meses, como economista, de assessorar o Senge dentro do trabalho da Intersindical e fico agradecido por estar aqui nessa oportunidade”, relembrou.
O Café com Candidatos é promoção do Senge-SC, em parceria com as entidades de classe e já estão confirmados os seguintes encontros: 29/08 Jorge Boeira (governo), 01/09 Dario Berger (senado), 05/09 Raimundo Colombo (senado), 09/09 Ralf Zimmer (governo), 13/09 Carlos Moisés (governo), 15/09 Esperidião Amin (governo), 20/09 Kennedy Nunes (senado) e 23/9 Jorge Seif (Senado). Os candidatos ao governo do estado, Gean Loureiro e Jorginho Mello, já estiveram no Senge a fim de apresentarem suas propostas de gestão para os engenheiros.
Afrânio Boppré foi recebido pelo presidente do Senge-SC, Daniel Crippa Lemos; pelo vice-presidente Regis Hamilton Coelho; pelo coordenador do evento, José Latrônico Filho e pelo diretor do Senge-SC e da FNE, Carlos Bastos Abraham.
São entidades parceiras do SENGE-SC no “Café com Candidatos”, ABES-SC, ACE, ACEOP, ACESA, ACEST, ABEE-SC, ABEMEC-SC, CREDCREA, AGESC, MÚTUA-SC, SEAGRO, SICEPOT-SC e SINAENCO-SC.